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A reconstituição e sonorização do `No paiz das Amazonas´ é resultado do trabalho de pesquisa de Sávio Stoco, membro do Núcleo de Antropologia Visual (NAVI), e o esforço institucional do Conselho Municipal de Cultura. Antes da exibição do documentário, houve os pronunciamentos do escritor e presidente do Conselho Municipal de Cultura, Márcio Souza, e do músico responsável pela sonorização, Celdo Braga. A exibição ocorreu nesta terça-feira, 16, no auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), Setor Norte.
Para a coordenadora do NAVI e responsável pela exibição do documentário, professora Selda Vale, a reconstituição e a sonorização são uma tentativa para uma versão definitiva daquilo que teria sido o filme nos anos 20, com legenda em francês, inglês e espanhol. Por outro lado, segundo ela, o documentário que pertencia ao cinema mudo, ganha uma sonorização com músicos produzidos pelos artistas amazonenses, como Celdo Braga, Nivaldo Santiago e outros.
A coordenadora dá importância ao valor cultural para sociedade amazonense e estabelece duas vertentes. A primeira é o registro histórico e icnográfico do que foi o final do período da borracha e a Amazônia exuberante, mostrado em seu aspecto geográfico e a cidade de Manaus no inicio do século XX. Na segunda vertente, Selda Vale avalia, de forma estética, a arte de Silvino Santos. Para ela, a qualidade da obra supera os produzidos por documentarista daquele período e acrescenta que adversidade encontrada na Amazônia não foi obstáculo para realização de sua produção.
A exuberante Amazônia é mostrada pelo autor que desperta a atenção do mundo inteiro quanto sua flora e fauna. Entretanto, Selda Vale acredita que houve grandes transformações e o filme é uma oportunidade para avalia as condições existentes antes do anos 20 e posterior a ele. A cópia reconstituída tem imagens acopladas depois dos anos 20. Então, algumas coisas mudaram no que diz respeito a forma de trabalhar certo produto mas a Amazônia ainda é um atrativo e uma marca de importância mundial e chama a atenção das pessoas. É lamentável que pessoas, nativas da região, não conheçam as imagens e não dão valor necessário como obra de arte e como registro histórico e etnográfico.
O escritor e presidente do Conselho Municipal de Cultura (CMC), Márcio Souza, durante sua fala, disse que, a parceria entre o CMC e a Cinemateca Brasileira permitiu a reconstituição e sonorização do documentário que teve um custo aproximadamente de R$ 70 mil com duas mil cópias. De acordo com ele, Silvino Santos é pioneiro do cinema brasileiro e o interprete da Amazônia, realizou diversos documentários não somente em Manaus, mas, no Rio de Janeiro e Portugal.
Segundo ele, No Paiz das Amazonas apresenta características especiais. Dentre eles estão, a linguagem modernista da obra para a época com inserção na modernidade brasileira, a partir da Semana Moderna de 22. Seu Lançamento ocorreu durante a exposição de `Cem anos da Independência do Brasil`, no Rio de Janerio, em que recebe medalha de ouro. O documentário perpassa pelas formas de produção econômica do Estado do Amazonas, disse o escritor.
Para Márcio Souza, a Amazônia mostrada pelo cineasta, apresenta um capitalismo menos evasivo do que o capitalista monopolista que somado aos projetos megalomaníacos empregados pela Ditadura Militar abrem a região para um processo de invasão econômica.
Das 2 mil cópias editadas, mil serão destinadas para venda e o restante será doado para Instituições culturais. Márcio Souza informa que, a partir do inicio de janeiro, os interessados devem encontrar a obra de Silvino Santos na Livraria Saraiva, no Manauara Shopping.
Publicado em 16 Dezembro 2014 em http://www.ufam.edu.br/index.php/2013-04-29-19-37-05/noticia/3446-no-paiz-das-amazonas-ganha-novo-formato-e-e-exibido-no-ichl-nesta-terca-feira-16